Todo ano faço o maior drama com essa lista (vou te mostrar a drama queen…) e, de todos os rituais de fim de ano, confesso que é um dos que mais gosto. Me divirto lembrando dos filmes que mais marcaram meu ano, esquecendo os que pareceram ótimos, mas não foram bons o suficiente pra grudar na memória e simplesmente ignorando o que, por qualquer motivo, eu acho que merece ser ignorado.
Lembrando que a lista é coisa da minha cabeça maluca, ou seja, minha opinião. Mas, por mais singela que seja, ela segue os critérios seguintes:
- O filme precisa trazer algo de novo/diferente/motivador para o cinema como linguagem;
- O filme precisa ser mais do que uma história. Para conhecer histórias, leio livros;
- O filme precisa emocionar, de alguma forma. Para tratados estéticos, disque 9.
- O filme precisa ter passado em algum cinema brasileiro durante 2010. Esse aqui é só frescura burocrática mesmo.
Pensando nisso, lá vai:
Menções honrosas (filmes muito bons que acabaram não entrando nos 15):
- Direito de amar (A single man, de Tom Ford)
- Pecado da carne (Einayim Petukhoth, de Haim Tabakman)
- Guerra ao terror (The hurt locker, de Katjryn Bigelow)
- A fita branca (Das weisse Band, de Michael Haneke)
- O estranho caso de Angélica (de Manoel de Oliveira)
- Tudo pode dar certo (Whatever works, de Woody Allen)
- Você vai conhecer o homem dos seus sonhos (You will meet a tall dark stranger, de Woody Allen)
- Sede de sangue (Bakjwi, de Chan-wook Park)
- Vencer (Vincere, de Marco Bellochio)
- O escritor fantasma (The ghost writer, de Roman Polanski)
- Viajo porque preciso, volto porque te amo (de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes)
- I´m here (de Spike Jonze)
15 – Um homem sério (A serious man, de Ethan Coen e Joel Coen) – Todo o ridículo de ser sério. With lasers. E quipá.
14 – Irmandade (Broderskab , de Nicolo Donato) – O ódio do outro é sempre uma externalização de um ódio profundo de si mesmo.
13 – Tropa de Elite 2 ( de José Padilha) – A maior bilheteria da história do cinema nacional. Um dos filmes mais poderosos que já assisti. E divertido! Não gostou? Pede pra sair.
12 – Splice – A nova espécie (Splice, de Vincenzo Natali) – Um filme de terror do tipo feito pra dar medo ao invés de nojo. Além de ser um baita pasto pros olhos. Pra Cronemberg nenhum botar defeito.
11 – Mary e Max (Mary and Max, de Adam Elliot) – “Animação” é uma palavra que não combina com um drama dessa densidade. Mas a disconcordância fica com as palavras…
10- Machete (de Robert Rodriguez e Ethan Maniquis) – Em uma frase? “We didn´t cross the border! The border crossed us!”
9 – Os amores imaginários ( Les amours imaginaires, de Xavier Dolan) – Quanta diversão cabe num triângulo amoroso?
8 – O segredo de Kells (The secret of Kells, de Tomm Moore e Nora Twomey) – Animação iluminada ou iluminura animada? Difícil dizer… Uma história que contém em si todas as outras.
7 – As melhores coisas do mundo (de Laís Bondanzki) – O sabor de ser jovem. Sem conservantes.
6- Catfish (de Henry Joost e Ariel Schulman) – 2010 teve um filme incrível sobre redes sociais e as pessoas por trás delas. Esse filme se chama “Catfish”.
5 – Kick-ass: quebrando tudo (Kick-ass, de Matthew Vaughn) – Absurdo. Violento. Frenético. Delicioso. É como comer gummy bears recheados de sangue.
4 – Scott Pilgrim contra o mundo (Scott Pilgrim vs. the World, de Edgar Wright) – Um cult instantâneo. Pulp fiction pra quem nasceu depois de 79.
3- Tio Boonmee que pode recordar suas vidas passadas (Loong Boonmee raleuk chat, de Apichatpong Weerasethakul) – Cinema puro. E só.
2- Cópia fiel (Copie conforme, de Abbas Kiarostami) – O ser, o parecer e o transcender.
1- Toy Story 3 (de Lee Unkrich) – A vida não é uma caixa de surpresas. É uma caixa de brinquedos.
Corta pra 2011. E que venham mais filmaços…